Clínicas e consultórios médicos têm valorizado cada vez mais a presença de plantas. Além de decorar, são um elemento importante na busca de bem-estar, de harmonia e, claro, de saúde.
Um ar mais puro é sinônimo de vida saudável. A julgar por esse fato, ter plantas que filtram impurezas em consultórios médicos e clínicas pode ser uma combinação perfeita. E é, embora seja necessário tomar alguns cuidados.
Mas vamos começar pelos pontos positivos. Muito já falamos nessa série de artigos sobre os dados levantados pela N.A.S.A, a Agência Espacial Norte Americana, que comprovam o poder purificador de plantas como samambaias, jiboias, algumas espécies de fícus, antúrios entre outras.
Uma pesquisa recente, realizada pela Universidade de Hyogo, no Japão, mostrou que elas também são responsáveis por mudanças significativas na diminuição do estresse e da ansiedade, com diminuição perceptível na frequência dos batimentos cardíacos. A pesquisa, coordenada pelo professor Masahiro Toyoda, é pioneira no mundo a verificar o impacto psicológico e fisiológico do contato com plantas em vasos em locais de trabalho.
Às conclusões da pesquisa, podemos acrescentar ainda a diminuição de ruídos e temperaturas mais amenas, dependendo da quantidade de plantas presentes no ambiente. Um pequeno jardim interno pode melhorar muito a sensação de aconchego e de frescor. Isso sem contar a força restauradora das cores, ou mesmo de um jardim bem cuidado, de uma flor desabrochando a nos recepcionar. Afinal, uma pessoa que vai fazer uma consulta mesmo que seja de rotina, precisa de uma ambiente que traga bem-estar.
Alguns cuidados
Assim como em outros ambientes fechados, como escritórios e salas de aula (conheça os outros artigos da série Plante ar puro aqui), as plantas em consultórios precisam estar adaptadas a pouca luz e, geralmente, ao ar condicionado. A jiboia é um bom exemplo, pois suas folhas ficam muito mais bonitas e coloridas quando não estão expostas diretamente ao sol. Por ser uma trepadeira, pode compor ambientes aéreos sem interferir em locais de passagem e corredores.
A recepção, por sua vez, pode ser sempre um pouco mais colorida, com flores como violetas ou mesmo orquídeas, que não tem poderes de filtragem de ar, mas encantam a maioria das pessoas. Cores claras, ou branco, podem ser uma boa pedida. A escolha das espécies também deve levar em consideração o fato de algumas plantas liberarem pólen, que pode causar irritação em pessoas com algum tipo de alergia. Nesse sentido, folhagens são a solução – espada de São Jorge, dracenas e a palmeira raphis entram na lista.
Vale ressaltar que, no caso de hospitais as regras são mais rígidas. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda que não se utilize plantas em áreas internas de hospitais e clínicas, sendo os principais problemas a proliferação de fungos, aspersão de pólen e atração de insetos, que podem ser extremamente prejudiciais para espaços esterilizados.
Mas isso não quer dizer que um hospital precisa ser totalmente desprovido de verde. O uso de jardins verticais em áreas externas pode ser uma solução interessante. Ou mesmo distribuídas em salas de espera ou na recepção, sempre tomando os devidos cuidados. Afinal, plantas e saúde podem combinar. E combinam.